Energia solar assume liderança na geração energética da União Europeia

Por BR4 Energia - julho 14, 2025

Painéis solares corresponderam a 22,1% da eletricidade gerada em junho, superando outras fontes tradicionais, segundo a Ember.

Um levantamento recente da organização Ember revelou que, em junho de 2025, a energia solar se tornou a principal fonte de eletricidade da União Europeia, representando 22,1% da geração total. O desempenho superou a energia nuclear (21,8%) e a eólica (15,8%), impulsionado pelo aumento das instalações fotovoltaicas e pelo clima ensolarado.

Diversos países bateram recordes mensais de produção solar. A Holanda liderou, com 40,5% da eletricidade vinda do sol, seguida de perto por Alemanha e Grécia. A combinação entre investimentos em capacidade instalada e altas temperaturas contribuiu tanto para maior geração quanto para aumento na demanda.

Enquanto isso, o uso do carvão caiu para 6,1%, a menor participação já registrada na matriz elétrica do bloco, recuo expressivo em relação aos 8,8% do ano anterior. Alemanha e Polônia, que juntas produzem cerca de 79% da eletricidade a carvão da UE, também anotaram níveis historicamente baixos.

A geração eólica teve recuperação, alcançando 15,8% no mês, com a entrada de novos parques em operação compensando a baixa produção do início do ano.

Apesar do avanço das fontes limpas, o uso de combustíveis fósseis subiu 13% no primeiro semestre, puxado principalmente por um aumento de 19% na geração a gás natural, utilizada em períodos de baixa produção eólica e hídrica.

A Ember destaca a importância de investir em baterias de armazenamento e em maior flexibilidade nas redes elétricas para garantir o aproveitamento contínuo das fontes renováveis e diminuir ainda mais a dependência de combustíveis fósseis.

  • Compartilhe:

Conta de luz sobe em junho e faz Brasil ultrapassar meta de inflação

Por BR4 Energia - julho 11, 2025

Tarifa de energia residencial aumentou 2,96%, puxada pela bandeira vermelha no patamar 1

A inflação oficial do país avançou 0,24% em junho, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O principal fator para essa alta foi o aumento da energia elétrica nas residências, com reajuste de 2,96%, influenciado pela ativação da bandeira tarifária vermelha, nível 1.

Com isso, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumula alta de 2,99% no ano e 5,35% em 12 meses — ultrapassando o teto da meta definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), que é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual (entre 1,5% e 4,5%). O índice permanece acima desse limite há seis meses consecutivos, o que, segundo as novas regras em vigor desde janeiro, representa descumprimento oficial da meta.

Energia lidera pressão sobre a inflação em 2025
No acumulado do semestre, a energia residencial já subiu 6,93%, sendo o item de maior peso no IPCA neste ano, segundo Fernando Gonçalves, gerente do índice no IBGE.

“Essa variação é a maior para o primeiro semestre desde 2018, quando chegou a 8,02%. Em janeiro houve redução com o bônus de Itaipu, reversão em fevereiro, seguida de bandeira verde. Em junho, veio a bandeira amarela e, agora, a vermelha”, explicou.

Como funciona o cálculo do IPCA?
O IPCA, medido desde 1980, considera famílias com renda mensal entre 1 e 40 salários mínimos, de qualquer fonte. O índice inclui dez regiões metropolitanas e cidades como Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e o Distrito Federal.

Para o cálculo de junho, foram comparados os preços coletados entre 30 de maio e 30 de junho com os registrados entre 1º e 29 de maio.

  • Compartilhe: