Entenda Como as Bandeiras Tarifárias Afetam Sua Conta de Energia
As bandeiras tarifárias, um sistema criado pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) em 2015, têm o objetivo de informar aos consumidores sobre o custo real da geração de energia, ajustando as tarifas conforme as condições do setor elétrico. Esse mecanismo é especialmente acionado durante períodos de escassez hídrica, como o que estamos vivendo atualmente.
Em setembro, a bandeira vermelha 1 foi acionada, o que indicou um aumento de R$ 4,463 para cada 100 kWh consumidos. Essa notícia foi um golpe a mais para os consumidores, que já enfrentam tarifas elevadas no Brasil. O motivo para esse ajuste foi a previsão de chuvas escassas e um clima muito seco, que obrigaram o Operador Nacional do Sistema (ONS) a acionar as termelétricas, elevando o custo de produção de energia.
Para ilustrar, imagine que sua distribuidora cobra R$ 1,00 por kWh e você consumiu 250 kWh em setembro. Se a bandeira fosse verde, sem acréscimos, a conta seria de R$ 250,00. No entanto, com a bandeira vermelha 1, o valor subiria para R$ 261,16, um aumento de 4,46%.
A situação poderia ter sido ainda pior se a ANEEL não tivesse corrigido um erro que poderia ter levado ao acionamento da bandeira vermelha 2. Isso teria gerado um aumento ainda maior, de R$ 7,877 a cada 100 kWh consumidos. No exemplo acima, a conta de luz teria subido para R$ 269,67, ou seja, uma alta de aproximadamente 7,87%.
Daniel Luz, especialista em Energia e Regulamentação da Nextron, plataforma de energia solar, explica como a bandeira tarifária é definida. Segundo ele, a cor da bandeira é determinada com base no PLDgatilho, que por sua vez é calculado a partir do CMO (Custo Marginal da Operação), refletindo o custo real da geração de energia em cada período.
Esse sistema visa dar transparência ao consumidor sobre as variações do custo da energia e ajuda a preparar a população para os impactos das flutuações climáticas e da geração elétrica.
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